Aqui vai-se falar da cultura em geral De música e literatura em particular

21
Jun 09

Quem acompanha estas minhas sugestões de leitura sabe que sou de uma disciplina férrea no que diz respeito a ler. Ao longo dos anos fui-me educando a ler pelo menos um capítulo ( no caso de romances ou ensaios) ou meia dúzia de textos (no caso da poesia) por dia. Contudo, não é muito fora do normal que eu exceda essa média, chegando a ter dias em que leio um livro de uma assentada. Faço esta pequena explicação para justificar o facto de ter neste momento 9 livros para sugerir, quase todos lidos durante a minha ausência da blogosfera. Não os darei a conhecer todos hoje porque tornaria muito enfadonha a leitura deste artigo. Assim sendo, decidi dividir em três partes a apresentação destes livros.

 

Hoje vou falar de três livros editados pela Relógio D'Água que, como todos já estão fartos de me ouvir dizer, é uma das editoras com melhor colecção de poesia.

 

O primeiro é Os sonetos a Orfeu de Rainer Maria Rilke. Este poeta e dramaturgo alemão dedicou quase toda a sua vida a escrever obras ao estilo dos clássicos (Virgilio, Homero, Ovídio, etc) Este livro divide-se em várias partes, sendo que as primeiras duas são os sonetos que dão nome à obra (26 + 29). Podemos considerar a terceira parte como uma amostra de como eram alguns desses sonetos antes do poeta os dar como finalizados e outros poemas fragmentados. A quarta e última parte é um posfácio do tradutor José Miranda Justo.

 

A minha segunda sugestão é Poemas de Anna Akhmatova. Este livro dá-nos em pouco menos de 100 páginas um conjunto de poesias feitas entre 1913 e 1965 por uma das mais respeitadas poetisas russas do século XX que teve a "sorte" de ter resistido aos anos mais violentos do regime de Staline.

 

A minha terceira sugestão é Fogo errante - antologia poética de Óssip Mandelstam, um poeta russo mas nascido em Varsóvia que, ao contrário de Akhmatova, não conseguiu escapar da fúria revolucionária da antiga URSS. São cerca de 100 páginas de poemas escritos entre 1918 e 1937. As sucessivas prisões e degredos a que foi obrigado pelo regime stalinista, fizeram que a sua saúde se fosse deteriorando, acabando por morrer com apenas 47 anos.

 

Tal como todos os outros livros da Relógio D'Água estes também trazem as versões na língua de origem, o que é, quanto a mim, uma mais valia. Boas leituras.

 

publicado por manu às 14:05

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