Aqui vai-se falar da cultura em geral De música e literatura em particular

07
Jul 10

Sendo certo que todos nós temos o nosso ciclo de vida; nascemos, vivemos (o melhor que podemos) e morremos, é sempre com pesar que lamentamos a partida daqueles(as) que marcaram a diferença. Também é ponto assente que só existe este "luto" colectivo quando a pessoa em questão ganha uma certa notoriedade ou exposição mais acentuada.

Tal como escrevi, há algum tempo atrás, aquando da morte de Saramago, também hoje, após o desaparecimento físico de MATILDE ROSA ARAÚJO, quero dizer que a obra da autora veio enriquecer o espólio cultural português e por consequência enriqueceu-nos a todos.

Sem pretender secundarizar o real motivo que me trouxe aqui e pegando no verbo enriquecer, quero deixar expressa a minha indignação pelo aproveitamento económico que se faz destas mortes. Acho muito triste que se espere por estas alturas para encher as prateleiras com as obras dos autores, se façam antologias e "estudos" biográficos quando, nós leitores, passámos grande parte do tempo em buscas infrutíferas dessas mesmas obras com os autores ainda em vida. Não creio que as livrarias actuem tão agressivamente como fizeram após a morte de Saramago, mas não tenho dúvidas que agora e nos tempos mais próximos vou conseguir encontrar quase toda a obra de MATILDE ROSA ARAÚJO. E também não tenho dúvidas que os editores e livreiros vão querer tirar proveito de uma procura maior e praticar preços excessivos sem que alguma entidade reguladora os possa travar nesta necrofagia.

Depois deste dasabafo, quero terminar este meu texto-homenagem agradecendo a MATILDE ROSA ARAÚJO pelo seu inegável e ímpar contributo para o meu enriquecimento cultural. Para todos os autores/criadores é importante a existência de referências e MATILDE ROSA ARAÚJO foi, é e será sempre, sem qualquer tipo de dúvida nem favor, uma referência cultural.

 

Manu dixit  

publicado por manu às 01:50

Olá Fátima!
Há quem diga que tudo isto são sinais dos tempos. Pode até ser, mas para mim esta situação também ocorre porque a generalidade das pessoas vai no engodo, como se tratasse de uma moda ter os livros do(a) falecido(a). Veja-se o que sucedeu com o, até então desconhecido, Roberto Bolaño. O autor tinha idealizado cinco histórias independentes e tê-las-ia publicado dessa forma, mas a sua morte precipitou e alterou as coisas e passámos a ter um calhamaço de mil e tal páginas e logo outros livros dele passaram a ser, de um dia para o outro, leitura indespensável.
Poderia alongar-me em exemplos mas deixarei para outras núpcias (posts).
Beijo
manu a 7 de Julho de 2010 às 22:43

Julho 2010
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3

4
5
6
7
8
9
10

12
13
14
16
17

18
19
20
21
22
23
24

25
26
27
28
29
30
31


links
Posts mais comentados
22 comentários
18 comentários
16 comentários
12 comentários
12 comentários
comentários recentes
Parabéns ao apresentador e à autora!Bjo!
otimos comentarios de Simon Scarrow,
Que surpresa!!!!Beijocas
E dia 22 lá estarei muito, muito orgulhosa :)Beijo
Meu querido amigo venho desejar um excelente 2011 ...
Gostei muito da apresentação que o Xavier fez do t...
Olá meu amigo como pode verificar não fica atrás a...
Olá Fátima! Com a saúde não se brinca, espero que ...
Meu amigo é com tristeza que venho pedir desculpa ...
Olá Manelita! E não precisas passar factura. Beijo...
mais sobre mim
pesquisar
 
blogs SAPO